A World, protocolo de verificação de humanidade fundado por Sam Altman, criador da OpenAI, alcançou um marco significativo no Brasil: mais de 150 mil brasileiros participaram do processo de escaneamento da íris para obter criptomoedas como recompensa. O objetivo da iniciativa é diferenciar interações humanas de atividades automatizadas, como bots e deepfakes, no ambiente digital.
O que é a World?
A World é um protocolo descentralizado que busca criar uma prova confiável de humanidade no ambiente digital. A empresa lançou o World ID verificado, uma credencial anônima que permite comprovar que os usuários são seres humanos reais e únicos, sem fornecer dados pessoais identificáveis.
O sistema é uma resposta ao avanço da inteligência artificial (IA), que, apesar de tornar a internet mais útil, também aumentou desafios como fraudes, desinformação e tráfego automatizado – que representou quase metade do tráfego online global em 2023, segundo o relatório Bad Bot da Imperva.
Como funciona o processo de verificação?
- Cadastro no World App: Os interessados devem baixar o aplicativo e agendar uma verificação em um dos quase 20 pontos disponíveis em São Paulo.
- Dispositivo Orb: No local, um dispositivo avançado chamado Orb captura imagens da íris e do rosto.
- Criação de um código de íris: As imagens são convertidas em um código numérico criptografado, que comprova a unicidade da pessoa sem armazenar dados pessoais.
- Anonimização e segurança: As informações são fracionadas por meio de criptografia avançada e armazenadas em nós computacionais confiáveis, operados por universidades e outras entidades.
Recompensa inicial em criptomoedas
Os participantes recebem um incentivo inicial em criptomoedas ao concluir o processo. Esse modelo combina inovação tecnológica e adoção de ativos digitais, promovendo a integração de mais pessoas na economia digital global.
Por que escanear íris?
A World escolheu a íris como ponto de verificação devido à sua singularidade e confiabilidade. Segundo a empresa, o método é mais seguro do que outros dados biométricos e garante anonimidade total. As imagens originais são deletadas imediatamente após a geração do código, e os fragmentos criptografados não podem ser vinculados ao indivíduo.
Impacto e desafios
O marco de 150 mil participantes no Brasil reflete o interesse crescente por soluções que combinem segurança, privacidade e recompensas financeiras. No entanto, o modelo também levanta questões sobre privacidade, ética e o uso de dados biométricos em larga escala.
Rodrigo Tozzi, gerente de operações no Brasil da Tools for Humanity (TfH), enfatiza que “privacidade, segurança e anonimização devem estar no cerne da evolução tecnológica”, destacando o compromisso da empresa em criar uma internet mais segura e confiável.
O futuro da verificação de humanidade
A iniciativa da World marca um passo significativo na tentativa de resolver os desafios trazidos pela inteligência artificial no ambiente digital. Com mais de 645 mil usuários cadastrados no Brasil, a plataforma continua a expandir sua base, promovendo a coexistência segura entre humanos e IA no mundo digital.
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