Brasileiro adota estratégia de investimento a longo prazo com Bitcoin, revela pesquisa

Pesquisa revela que 61,2% dos investidores entrevistados optaram por não vender suas criptomoedas após o halving.

Investidores brasileiros estão adotando uma estratégia comum entre os veteranos de criptomoedas: comprar e manter Bitcoin (BTC) a longo prazo, esperando que o preço aumente no futuro. Esta tendência foi destacada em uma pesquisa realizada pela corretora Bitget, que entrevistou 500 clientes locais.

O levantamento mostrou que 61,2% dos investidores optaram por não vender suas criptomoedas após o halving, evento que ocorreu no mês passado e reduziu pela metade a emissão de novos BTC. Apenas 22,4% consideram vender o ativo, enquanto 16,3% estão indecisos sobre o que fazer.

Além disso, o halving melhorou a percepção pública sobre o Bitcoin, de acordo com 47% dos entrevistados. Vale lembrar que este mecanismo é programado para controlar a inflação da moeda ao longo do tempo, garantindo uma oferta limitada e previsível de BTC.

“Os dados da pesquisa indicam que os investidores brasileiros possuem uma perspectiva confiante e de longo prazo em relação ao Bitcoin. Este comportamento é um sinal positivo para o mercado de criptomoedas como um todo”, afirmou Maximiliano Hinz, diretor de expansão da Bitget na América Latina.

A situação no Brasil reflete uma tendência global. Na semana passada, o número de unidades de Bitcoin em exchanges caiu para o menor nível dos últimos seis anos, conforme dados da plataforma Glassnode. Na prática, isso indica que os investidores preferem manter suas criptomoedas fora das corretoras, sinalizando uma intenção de não vendê-las.

A pesquisa da Bitget também avaliou a satisfação dos investidores brasileiros com seus investimentos em criptoativos. Dos entrevistados, 42,9% disseram estar satisfeitos, 24,5% insatisfeitos e 32,7% indiferentes.

Segundo os dados mais recentes da Receita Federal, o Brasil possui aproximadamente 4,1 milhões de investidores individuais em ativos digitais, além de 92.105 empresas. O país está entre as 10 nações do mundo com maior adoção de criptomoedas, conforme um ranking recente da empresa de análise de dados em blockchain Chainalysis.