Com um aumento na expansão de sua carteira de crédito, juntamente com o crescimento na originação de empréstimos pessoais e cartões, a Nu Holdings (Nubank) (NYSE: NU), que recentemente migrou seu BDR e mudou o ticker de negociação na bolsa brasileira para ROXO34, divulgou um lucro líquido que superou as expectativas do mercado. Apesar do resultado positivo no balanço, as opiniões em relação ao Nubank continuam divididas, com analistas apontando o valuation como um dos principais pontos de atenção.
Consequentemente, as ações negociadas nos EUA apresentaram uma queda de 2,09% às 14h39 (horário de Brasília) desta quarta-feira, 16, sendo cotadas a US$ 7,75, enquanto os BDRs tiveram uma queda de 0,15%, atingindo R$ 6,44.
O banco digital anunciou um lucro líquido de US$ 224,9 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo o prejuízo de US$ 29,9 milhões registrado no mesmo período de 2022. De acordo com as métricas ajustadas, o resultado líquido alcançou US$ 262,7 milhões, com um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) ajustado de 19%, em comparação com os US$ 17 milhões no mesmo período do ano anterior. As estimativas consensuais previam um lucro de US$ 197,6 milhões e uma receita de US$ 1,7 bilhão, de acordo com a Refinitiv.
Segundo a EQI Investimentos, os dados foram positivos, demonstrando uma melhoria nos lucros e margens nos últimos trimestres, superando as expectativas do mercado de maneira mais acelerada. Eles afirmam: “O controle de custos realizado pela empresa e o aumento das receitas, especialmente na concessão de crédito, são indicadores positivos para um potencial aumento do valor da empresa no mercado de ações”.
O Bank of America (NYSE: BAC) considerou o balanço sólido, destacando os ganhos de eficiência. “O desempenho reflete um crescimento do NII (Net Interest Income) mais robusto do que o esperado e ganhos de eficiência, embora as taxas e provisões não tenham atendido às expectativas”, destaca o BofA, que mantém a recomendação neutra e um preço-alvo de US$ 8,30.
A Guide Investimentos também avaliou o balanço como positivo, reconhecendo “a solidez da trajetória recente do Nubank e o sucesso em superar as estimativas do mercado, reforçando o potencial da tese de investimento em termos de rentabilidade e crescimento substancial”. Contudo, eles observam que o valuation da empresa está bastante esticado, levando a Guide a preferir outras empresas.
A Avenue concordou que o balanço superou as expectativas, com uma receita recorde proveniente da plataforma de serviços digitais, com um aumento de 60% em comparação ao ano anterior, totalizando US$ 1,87 bilhão. O estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, destacou a adição de 4,6 milhões de novos clientes no trimestre, totalizando 83,7 milhões até o final de junho. Ele mencionou: “Isso representa um aumento de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Nubank registrou crescimento em suas três regiões, com altas de 27%, 33% e 133% para Brasil, México e Colômbia, respectivamente. O Brasil ainda representa cerca de 95% de sua base de clientes”.
Além dos bancos mencionados, o Bradesco BBI mantém a recomendação de venda para o ativo, apesar de reconhecer a melhoria dos indicadores. Por outro lado, o Goldman Sachs (NYSE: GS) e o Itaú BBA mantêm suas recomendações de compra.
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