O Bitcoin (BTC) iniciou a terça-feira (16) em declínio, atingindo a marca de US$ 62 mil nas primeiras horas da manhã no Brasil. Esse é o menor nível de preços desde meados de março deste ano, quando houve um ajuste após o BTC atingir suas máximas históricas.
As criptomoedas enfrentam mais um dia difícil na semana pré-halving — quando a recompensa pela mineração da criptomoeda é reduzida pela metade.
Vale lembrar que o Bitcoin é um ativo sensível às questões macroeconômicas — e não faltam tensões internacionais. A perspectiva de que os juros nos Estados Unidos não devem cair é suficiente para afetar os preços, e os conflitos exacerbam esse cenário.
A recente investida do Irã contra Israel, que já estava em conflito com o grupo palestino Hamas, além da longa guerra entre Rússia e Ucrânia, aumentam os temores de uma escalada global dos conflitos.
Como resultado, os investidores começaram a liquidar ativos mais arriscados — como ações e criptomoedas — e migraram para segmentos mais seguros, como o dólar e o ouro.
A desvalorização do dia contrasta com uma boa notícia para o mercado.
Na última segunda-feira (15), a CVM de Hong Kong aprovou os primeiros ETFs de bitcoin e ethereum à vista (spot) da região.
Em janeiro deste ano, os EUA aprovaram seus primeiros produtos do tipo, o que impulsionou os preços do BTC. A expectativa é de que o ETF de ETH norte-americano seja aprovado no segundo semestre.
Antes dessa aprovação, a Matrixport, empresa do ramo de criptomoedas sediada em Cingapura, havia especulado que os ETFs poderiam atrair cerca de US$ 25 bilhões e aumentar a demanda por BTC.
De acordo com dados do The Block Data, das 21 milhões de unidades existentes de bitcoin no mundo, cerca de 4% — ou 840 mil BTCs — estão nas mãos de gestoras que cuidam dos ETFs de bitcoin dos EUA. Ao enxugar a oferta de criptomoedas no mercado, os preços à vista do BTC tendem a subir.
Contudo, Eric Balchunas, analista sênior de ETF da Bloomberg e nome conhecido nas redes sociais, enfatizou que os fundos de Hong Kong teriam “sorte” em obter cerca de US$ 500 milhões em fluxos totais.
Em primeiro lugar, Balchunas disse que o mercado geral de ETFs de Hong Kong é relativamente pequeno, avaliado em apenas US$ 50 bilhões, e os residentes chineses geralmente não têm permissão para investir nesses ETFs oficialmente.
O analista ainda destaca que o mercado estava otimista demais, esperando uma reação parecida com quando os fundos foram aprovados nos EUA, mas para um país muito menor.
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